Voltado para o próprio umbigo: Um médico e o juramento de “hipócritas”

Realmente não sei como começar a escrever sobre esse assunto que trouxe a tona vários detalhes dolorosos sobre o julgamento do médico acusado pelo assassinato do Rei do Pop.

Em 2009, quando a “bomba” explodiu uma das primeiras notícias foi que o Médico havia fugido, estávamos (E estamos) atordoados pela dor da perda, queríamos saber como tudo aconteceu, e agora dois anos depois começamos a desvendar esse emaranhado de mentiras.

Não vou analisar todas as provas pois todos estão super informados sobre os detalhes.

Mas uma coisa é importante comentar, a foto da autóptica mostrada, assim como todas as coisas relacionadas a Michael Jackson gerou uma grande polêmica, desde fãs chorando se sentindo péssimos pelo twitter a até mesmo blogs que se preocupavam em encontrar o umbigo de Michael Jackson. Não, não! Não quero causar uma briga entre RIPS e Believes até porque não é preciso de estímulo para que isso aconteça.

O importante agora é outro umbigo, não estou zombando estou apenas tentando entender e explicar o comportamento do “Doutor” Conrad Murray que só se preocupava com si próprio.

Quem nunca ouviu falar no juramento de Hipócrates, uma declaração solene tradicionalmente feita por médicos por ocasião de sua formatura?

Acredito que Conrad Murray pulou essa parte, assim algumas aulas na faculdade de medicina.

Segue um trecho do juramento: Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda.

Ou quem sabe Murray não tenha lido o juramento em Grego a linguagem de Hipócrates e por isso tenha ocorrido tantas falhas?

Ele pode se defender alegando que já tratou muitos pacientes e causou “mal” a apenas um, hum… errado! Ele acabou causando dor para milhares de pessoas ao redor do mundo, como um efeito dominó.

Segue o fim do juramento: Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça. 

Ser médico não é como ser um vendedor de balas, que caso o “negócio” der errado sempre existe uma segunda chance. E não é só por ser médico que se deve ser considerado melhor que o outro, mesmo que seja o vendedor de balas.

Pensando bem existe sim a “Segunda chance” quando algo acontece “Sem querer”. Mas no caso de Michael Jackson os erros foram antes, durante e depois.

O médico poderia estar nervoso, mas manteve o sangue frio pra ocultar provas, e mentir para as autoridades.

Será que não percebem que alegando que Michael Jackson se matou eles estão cometendo suicídio?

Estamos acostumados a assistir casos tristes de celebridades que morrem cedo demais. Alguém poderia me dizer qual a diferença entre o assassinato de John Lennon e o de Michael Jackson? A diferença talvez esteja nas “armas” usadas, um usou arma de fogo e o outro uma seringa. Mas alguém pode dizer que John foi morto por um assassino que certamente o odiava, pelo “contrário” o assassino se declarava um grande fã de Lennon, olhando de fora sabemos que um fã de verdade e normal jamais faria isso, mas se declarando fã ele poderia ficar perto de John sem levantar grandes suspeitas, assim como Murray esteve perto de Michael sendo seu médico.

Você pode achar essa comparação desnecessária, mas na verdade mostra que não se pode estar seguro nem com aqueles que pensamos que não podem nos fazer mal, principalmente com quem está ali para cuidar da sua vida.

A mídia que eu particularmente considero uma das assassinas de Michael junto com Murray como sempre não mostra a realidade apresentada na corte, e se concentra em “detalhes” que não diz respeito direto ao caso, como por exemplo a história que Michael dormia com bonecas e tinha quadros de bebês em seu quarto.

Não sei qual é o grau de compreensão de Murray talvez a defesa alegue que o médico jamais tenha deixado Michael sozinho, porque a suposta boneca estava ali com ele, ou quem sabe tenha sido ela quem aplicou a dose letal de propofol no rei do pop enquanto o “Doutor” não estava vendo?

O que o dinheiro, a ganância não é capaz de fazer com um ser humano, a vida de Jackson era o que menos importava, aliás, importava sim, pois só estando vivo ele poderia retirar dólares de seu bolso para o pagamento do “Doutor” mas tudo foi por água abaixo quando a “fatalidade” aconteceu.

Quando se está voltado “para o próprio umbigo” não se olha para o lado mesmo que essa pessoa esteja morrendo.

O ‘Juramento de hipócritas’ feito por Murray está sendo apresentado ali, naquela corte.

O que os fãs querem e até mesmo aqueles que não são, é que a lei se cumpra, sabemos que quatro anos de prisão é muito pouco, que isso não trará Michael de volta, mas quem sabe assim ainda poderemos acreditar na justiça dos homens, pois da justiça divina ele não poderá escapar.

Chorar por sua liberdade não apaga as lágrimas daqueles que choraram por uma vida.

Pâm Mozarckson